Juca Ferreira, Ministro da Cultura, assiste ao ensaio do espetáculo 40 + 20 no Espaço Cultural Tom Jobim
Temporada curtíssima!!!
Horário : 20:00 h
Classificação 16 anos
apresenta
40 + 20
40 anos de profissão de Rubens Barbot
e
20 anos da Companhia Rubens Barbot Teatro de Dança
Estréia 15 de outubro de 2010
Curtíssima temporada
16 - 17 - 18 - 19
Espaço Cultural Tom Jobim - Jardim Botânico
nos dias 05- 06- 07 - 12- 13- 14 de Novembro
No Galpão da Gamboa
Rua da Gamboa, 279
Teatro do SESI
Av. Graça Aranha nº1
nos dias 24- 25- 26 e 27 de Novembro
Temos que ter a ousadia de propor a conscientização de nossos próprios valores, a partir de uma fecunda reviravolta nos porões trancafiados na memória de nosso povo, com o fim de superarmos o estado de amnésia social em que nós encontramos.
Júlio César Tavares – Antropólogo PHD
“I scream,
you scream
We all scream
For ice cream.
I scream,
you scream
We all scream
For ice cream”.
Down by law
Apresentação
Rubens Barbot, destacado profissional no mundo da dança contemporânea afro brasileira estará em 2010 fazendo 40 anos em que assumiu a dança como sua profissão.
Foram anos envolvidos com aulas, pesquisas, solos, grupos, estudos, até chegar a criação da sua companhia afro-brasileira, pioneira no Brasil.
Barbot se destaca no cenário afro brasileiro e no contexto da dança contemporânea nacional já que sua dança não é uma dança calcada em tendências colonizadoras. As obras de Rubens Barbot singularizam-se por seu teor traumático, catastrófico, reticente e memorial, estampando o social na dança carioca.
Fazendo uma leitura mais aprofundada das suas obras (algumas inéditas no país) construídas no longo percurso destes anos descobre-se que todas foram obras que embora fossem baseadas em pontos específicos do acontecer ou pensar brasileiro os títulos dessas obras sempre fizeram referências a sua condição da época.
A dominação encarnada no atual modo de dançar, na estética de corpo exigida e presente nos palcos, em reflexo ao meio vivido, destoa da marginalização, da pobreza, da estética da fome, do pobre, do negro, dos afrodescendentes , da sujeira social, da subalternização do povo brasileiro, e de tantos outros aspectos sócio-culturais que impregnam nosso cotidiano e atribuem a nossa corporalidade um aspecto singular na comunicação dela derivada.
A dança de Barbot sempre esteve ligada ao seu dia-a-dia como cidadão.
Assim sendo, por exemplo, em 1981 criou um espetáculo chamado Blue Jeans que ele próprio definia como uma dança para usar em qualquer momento (como as calças) e no espetáculo de despedida da sua cidade natal em 1983 fala de: Para não dançar (nas mãos dos outros), desse jeito chegou em 2008 ao espetáculo O reino do outro mundo - Orixás, convencido diante das tendências contemporâneas nacionais de que ele é “do outro mundo”, embora o espetáculo fosse uma leitura contemporânea da dança dos Orixás.
Os 40 anos o encontram exatamente com uma companhia festejando os 20 anos da sua fundação. Isso tudo merece uma festa. E será uma festa de dança e para a dança e principalmente, para o Brasil dançante que Rubens Barbot tanto admira.
Primeira Parte
Clóvis (Bate-bola)
A Companhia é suburbana,nasceu e deu seus primeiros passos no bairro Quintino no subúrbio do Rio. Ao fazer aniversário nada melhor que olhar de onde veio, aliás a onde retorna freqüentemente nas suas criações.
É lá que surgem os Clovis, comumente chamados de Bate-bolas
Encantado, Realengo, Madureira, Cascadura são dos bairros onde os Clovis fazem sua festa.
São a poesia do subúrbio, mesmo violentos por vezes, são poético. E é justamente a poesia que a companhia vai procurar trabalhar nesta montagem.
Segunda Parte
*Meu mais velho...
Com uma duração máxima de 40 minutos o roteiro foi pensado devido a quantidade de coisas realizadas nesses anos com cenas dos espetáculos que mais marcaram a história. Essas cenas fazem parte de um sonho que o Barbot tem com ele mesmo mas estão a serviço de novas idéias.
Nos elementos cenográficos, tal vez alguns gestos, algum ou várias releituras de figurinos, músicas que fizeram parte de outras trilhas, elementos de cenas comues nas montagens de Barbot estarão ao serviço de espetáculo.
Um epílogo que é uma ode a dança popular encerrará o espetáculo tentando transformar a platéia numa grande festa dançante. Uma referência mais que palpável das festas familiares, de religiões (candomblé, católica, umbanda), populares (rodas de samba na sua cidade natal, carnaval, etc.) e festas de rua, assim mostrará o lado da pesquisa desorganizada onde bebeu em todos esses anos e que significa dança no linguajar coreográfico e estético do mundo que move Barbot.
É uma coreografia sem saudosismo, mas honesta como toda a trajetória coreográfica do criador que tem como lema: Por um gesto honesto.
Elenco
Carlos Maia
Rubens Barbot
Wilian Santiago
Wilson Assis
Ulisses Oliveira
Fagner dos Santos -Bailarino Convidado
Participação especial no espetáculo Meu Mais Velho...
Rubens Rocha
Bailarino
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Coreografia Supervisão coreográfica
Rubens Barbot
Coreografo assistente
Rubens Rocha
Coreógrafo convidado
Luis Monteiro
Gelson Oliveira
Compositor – Músico – Interprete
Gaúcho e com uma longa história de sucessos em Porto Alegre e no exterior foi parte ativa da história de Rubens Barbot entre os anos 1984 – 89. Foi a época em que ambos receberam o reconhecimento da crítica e público. Muitas aventuras percorreram juntos. O espetáculo Abstract, de Barbot tinha a música título composta por Gelson. Muitos dos espetáculos do Gelson foram iluminados por Gatto Larsen com figurinos de Barbot e junto com Jade Bagattini (atriz preferida do Gatto) conviveram os anos dourados numa Porto Alegre efervescentes construindo uma família que só eles contando dá para entender e rir.
Juntos, Barbot e Gelson abriram os show de Itamar Assunção, se apresentaram em praças públicas, no saudoso Porto de Ellis,e riram muito, entre penosas verdadeiras e tortas de morango falsas, riram e criaram e tricotaram (Jade) em companhia da inseparável Vovô, que andava de moto e fazia biscoitinhos de maconha para quando as netinhos voltarem para “casa”.
Esse prólogo é para contar que Gelson Oliveira foi convidado e aceitou compor a música título do espetáculo “Meu mais velho...”.
Décio Rocha
Músico – compositor – criador de instrumentos informais
Foi o primeiro Festival de Arte Negra que colocou Rubens e Gatto em contato com Décio.
Gatto costuma dizer que o Décio Rocha não faz música. Faz imagens através das suas musicas e instrumentos. Desta vez utilizamos uma faixa da trilha do filme Estamira foi escolhida a faixa 4 do CD. "De hoje em diante", uma música que encerra que contem uma grande melancolia e ao mesmo tempo uma grande esperança.
Se Gelson Oliveira faz parte da vida artística de Barbot, Décio faz parte da companhia e representa muito bem outros compositores e músicos que fizeram parte, como Naná Vasconcelos e Robertinho Silva.